segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Escrevi um romance


Acho que foram dois anos e meio, não tenho certeza. Eu ainda trabalhava naquela agência de Palermo quando comecei, e lembro que nas seis quadras que eu tinha que caminhar da Avenida Santa Fe até a Rua Nicaragua, algumas ideias iam surgindo na minha cabeça. Achei que fazia sentido escrever um livro inspirado nos meus seis primeiros meses em Buenos Aires. Foi a experiência mais estranha, inesperada e louca que tive na vida, então, se eu queria escrever sobre algo - e eu queria escrever sobre algo há muito tempo - me pareceu que poderia começar por aí. 

Assim nasceu Aquele típico vento cortante, meu primeiro - e provavelmente único - romance, que agora está na Amazon unicamente na versão e-book para que você gaste nele algumas moedas, se quiser. Já aviso que não devolvo o tempo perdido, então pense bem antes de tomar qualquer atitude. 

Eu fiz praticamente tudo sozinha. Isso quer dizer que não houve uma revisão por parte de um profissional, e não por acaso isso ficará bastante óbvio para quem o ler. O Javi me ajudou a configurar o e-book, mas depois perdi a paciência e lembrei que eu não sou perfeccionista, então vai assim mesmo

Só duas pessoas além de mim o leram antes da publicação: meu ex-namorado, com quem mantenho uma relação cordial desde sempre, e minha irmã, a maior leitora que o mundo já viu. Minha irmã lê qualquer coisa. Deixe perto dela um livro sobre como cultivar maracujás na Indonésia e ela provavelmente vai ler tudo, talvez em um dia, se tiver tempo. Graças às sugestões de ambos pude avançar com a versão final. Isso significa que a versão final3_final mesmo_agora_sim_final.docx ninguém mais leu.

Acho que é um bom livro? Não, mas foi o que eu consegui fazer. Tenho medo da humilhação pública? Evidentemente. Mas resolvi publicá-lo mesmo assim. Nenhum panda bebê vai morrer porque publiquei o livro. E se não há pandas bebês mortos, não há nada para se preocupar. 

Por último, não sei precisar exatamente quanto do livro aconteceu de verdade e quanto eu inventei (inventar coisas no meio de histórias reais era um sonho que o jornalismo nunca me permitiu realizar, chupa jornalismo, in your face), então talvez seja pertinente comentar aqui que a personagem não sou eu (ela não tem franja, imagina se eu não vou ter franja). 


2 comentários:

  1. Parabéns, Juliets! Feliz de ter sido uma das cobaias. Vou lembrar de mandar o meu pra Grá ler :)

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    1. Eu também, feliz de tu ser sido uma das cobaias. E sim, manda pra ela que ela vai gostar de ler e ainda vai mandar o feedback em dois dias hahaha

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