sábado, 12 de junio de 2021

I beat Covid

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 Claro que esta pandemia não seria completa se eu não tivesse pego Covid. A experiência tem que ser total. Minha vida é um eterno jornalismo Gonzo, não posso observar nada de fora. 

Desviei como uma campeã por um ano e três meses. Viajei pro Brasil no meio da segunda onda, com várias cepas diferentes circulando pelo ar, fui trabalhar de ônibus, meu chefe expeliu perdigotos na minha cara diversas vezes, sai para comer fora, andei de trem, me reuni com amigos quando era permitido, gente sem máscara entrou no elevador comigo, e nada. Nadinha. 

Peguei Covid bem no meio de um novo lockdown, depois de várias semanas saindo somente para ir ao supermercado. Quem me trouxe foi o Javi, que teve sintomas alguns dias antes de mim. Sabemos como ele arranjou o micróbio? É claro que não. A única coisa diferente que ele fez foi a aula de piano, no apartamento do professor que fica um andar abaixo do nosso. O professor, por sua vez, disse que nunca teve nada. Nem uma tossezinha. 

Ontem tive alta epidemiológica e parece que agora já posso sair sem contaminar meio mundo. 

Como atravessei tudo isso? Bastante bem, por sorte. Foram dois dias de febre, outros dois dias com dores no corpo, cansaço e falta de vontade de viver, e mais cinco de muita congestão nasal. Eu era uma metralhadora de muco. Agora só não sinto cheiro de nada. Nem de café e nem do meu hidratante de mãos sabor beijinho. 

Recomendo? Não recomendo. Fiquem em casa.


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