Faz dez dias que estou de volta e está tudo igual. Menos os
preços, que estão mais altos. Ah, e as barrancas de Belgrano, que agora estão
em obras em outra parte e eu posso frequentar o lado que antes não podia. Mas foda-se, porque eu não moro mais ali do
lado mesmo.
O resto tá igual. O cretino continua cretino, as pessoas
continuam não querendo me dar um emprego decente, as medialunas continuam boas,
a noite continua começando tarde, o equatoriano continua me mandando mensagens
de manhã, Palermo continua incrível, as pessoas continuam estranhas, os patos continuam no lago do parque e eu
continuo aflita.
Minha vida em Buenos Aires sempre foi uma aflição e eu estou
pensando em me acostumar com isso. Tudo é difícil, tudo é incerto, mas olha que
coisa maravilhosa é a avenida del Libertador às 10 da manhã, o solzinho
refletindo no lago e esse vento frio na cara em plena noite de março.
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